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| Turnê marca 40 anos de carreira da cantora. Foto: Leo Aversa |
A previsão é que o Teatro RioMar (Avenida República do Líbano, 251 - Pina) esteja lotado quando a cantora Simone subir ao palco, nesta quinta-feira (21), para apresentar o show da turnê É melhor ser. Todos os ingressos para o evento, marcado para as 21h, foram vendidos. Fato recorrente nos espetáculos referentes ao disco homônimo, lançado no segundo semestre do ano passado. "Uma delícia! Casas lotadas, público caloroso e receptivo", afirma a artista, ao falar da aceitação do público.
O disco e o show são marcados por músicas compostas por mulheres. Duas delas assinadas por Simone - A propósito de, em parceria com a atriz Fernanda Montenegro, e Só se for, com Zélia Duncan. O repertório ainda conta com canções de Rita Lee (Mutante), Adriana Calcanhoto (Aquele plano para me esquecer) e Dolores Duran (A noite do meu bem), entre outras.
O álbum e a turnê também marcam os 40 anos de carreira da cantora e encerra um hiato de três anos sem lançamentos, quatro sem gravações de estúdio. O último trabalho de Simone, inclusive, tem fortes laços com Pernambuco, já que o CD e DVD Em boa companhia (2010) foi gravado no Teatro Guararapes, em Olinda.
A direção geral do espetáculo é assinada pela atriz Christiane Torloni. A banda que acompanha Simone é formada por Leandro Braga (piano), João Gaspar (guitarra, violão), Bruno Migliari(contrabaixo), Christiano Galvão (bateria) e André Siqueira (percussão).
Entrevista >> Simone
O CD e DVD de Em boa companhia, de 2010, foram gravados em Pernambuco. Como é a relação que você tem com Recife e Olinda? Qual sua relação com os fãs do estado?
Adoro Pernambuco, principalmente Recife e Olinda. Gosto do povo, do cheiro, do calor humano. É sempre muito bom vir pra cá.
O que motivou gravar um CD com músicas compostas por mulheres?
Escolhi fazer um disco com gravação só de mulheres. Acho que durante os últimos 40 anos, a partir dos anos 70, que é o que eu retrato no disco, houve um florescimento muito grande de compositoras. Isso não era uma coisa comum, eram mais os homens que compunham, que cantavam suas canções. Na verdade não tem um porque, tem uma vontade de homenagear estas mulheres, guerreiras, amantes.
Como você enxerga o caminho que a música está tomando?
Hoje em dia, com a internet e essa revolução toda que ela causou, oportunidades se fecharam por um lado e se abriram por outro. São ciclos e cada coisa acompanha seu tempo. Levo isso em consideração na condução da minha carreira.
O espetáculo tem direção geral de Christiane Torloni, como surgiu a ideia?
Eu queria ter o olhar feminino, queria uma pessoa de teatro uma pessoa que olhasse pra mim e me visse. E foi exatamente o que a Chirs fez. Ela é uma pessoa de teatro, uma grande atriz, ela tem esse universo que eu queria mostrar, e ela me olhava e me via.
Fonte: Diário de Pernambuco
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